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O que realmente importa para o RH — e não tem nada a ver com idade


Quando o assunto é recrutamento, o RH brasileiro de 2026 prioriza o que de fato importa: competências técnicas e comportamentais, adaptabilidade e alinhamento cultural. Idade, que já foi uma barreira considerável, hoje é cada vez mais irrelevante. Com o avanço da tecnologia, plataformas digitais e hiring baseado em habilidades, a ênfase está em expertise real e como você pode contribuir para a empresa.

Recentemente, conversando com um profissional de 45 anos que migrou de analista para cientista de dados, ele me relatou que “o portfólio prático foi mais decisivo que minha idade”. Essa evolução reflete uma condição clara do mercado atual: o que ganha destaque são as conquistas tangíveis e sua capacidade de prosperar em ambientes de transformação constante.

Mulher idosa e homem jovem conversando em mesa com laptop sobre RH

Competência é mais valiosa que experiência

Tradicionalmente, muitos acreditaram que ser mais velho poderia limitar oportunidades no mercado de trabalho. No entanto, hoje, a realidade é outra. O foco não está mais na experiência em anos, mas em quanto você consegue trazer resultados conectando conhecimento técnico, habilidades interpessoais e propósito alinhado à empresa.

Para exemplificar, eu vi casos de profissionais seniores que, mesmo com pouca habilidade em tecnologia, conseguiram se reposicionar após cursos curtos e práticos em áreas como análise de dados ou marketing digital. Bastou uma renovação no currículo e uma presença ativa no LinkedIn para atrair o interesse dos recrutadores.

Skills-based hiring: a grande mudança

O skills-based hiring, ou recrutamento baseado em habilidades, tem transformado a maneira como empresas contratam. No lugar de buscar alguém baseado na idade ou formação acadêmica, os recrutadores procuram candidatos que apresentem, de fato, a capacidade de resolver problemas e agregar valor.

Entre plataformas que se destacam nesse modelo, o LinkedIn é protagonista no Brasil, permitindo que profissionais mostrem suas competências através de gráficos de habilidades e exemplos práticos. Tenha um portfólio público, com conquistas, projetos bem-sucedidos e colabore com outros profissionais. Isso tem muito peso!



A inteligência artificial agora está ao seu lado

Outro ponto que desafia o tabu da idade é o uso de inteligência artificial (IA) nas seleções. Ferramentas como ChatGPT e Google Gemini estão sendo usadas por profissionais para praticar entrevistas simuladas, entender métricas de recrutamento e até descobrir os requisitos mais demandados para as vagas.

No mercado de plataformas brasileiras, a Catho e Vagas.com continuam populares, mas Huntr.co surge como exemplo para acompanhar visualmente aplicações e progressos feitos por candidatos. Essa ferramenta é essencial para pessoas em transição de áreas – além de prática, é intuitiva e incentiva o planejamento estratégico.

Adapte-se ao digital

No mundo híbrido e digital, sua capacidade de adaptação também é avaliada. Empregos flexíveis, em que parte das tarefas é realizada remotamente, demandam organização e comunicação. Aproveite aplicativos e ferramentas como Trello, Slack e Zoom para otimizar atividades e colaborar de forma eficiente.

Recentemente ajudei uma profissional da área administrativa, de 50 anos, a usar essas ferramentas no dia a dia. Resultado? Ela conseguiu um cargo híbrido gerencial em apenas três meses. A chave foi demonstrar como sua experiência se integra ao novo contexto digital.

Conte histórias que mostrem quem você é

Histórias de sucesso persistem como um forte indicativo para chamar a atenção do RH. Quando você descreve conquistas com detalhes e apresenta o impacto real de suas ações, isso pode transformar sua candidatura.

Por exemplo, em uma entrevista, um conhecido que começou como freelancer em tecnologia destacou como gerenciava sua própria carteira de clientes. O resultado: uma proposta sênior para trabalhar em SP. Detalhar seus processos, seja no LinkedIn ou portfólio, chama atenção para o que você realmente pode entregar.

Transforme-se com microtecnologias

Empreender a partir de ferramentas digitais pequenas está crescendo no Brasil. Desde criar um canal sobre carreira no YouTube até compartilhar mini-cursos por WhatsApp, o mercado oferece muita oportunidade para quem é criativo e antenado.

Especialistas da Robert Half indicam que cada vez mais empreendedores estão optando por horizontes baseados em suas reais paixões e habilidades. Uso de microtecnologias pode alavancar pessoas das mais diversas faixas etárias.

Adequação cultural vale mais do que diplomas

Alinhamento com os valores e visão da empresa é outra prioridade crescente. Empresas buscam profissionais preocupados em gerar impacto além das rotinas burocráticas. A diversidade, por exemplo, é cada vez mais vista como um diferencial estratégico, impulsionada por novas gerações (notadamente a Geração Z).

Adotar a missão da empresa, se interessar genuinamente por projetos sustentáveis e incorporar inteligência emocional são comportamentos esperados em quase todos os setores.

Praticidade para crescer na carreira

Sente que está empacado? Comece pequeno: participe de webinars gratuitos ou grupos de networking. No Brasil, o site Sympla oferece acessos simples para eventos úteis. Além disso, podcasts e canais como o Resumocast podem ser aliados na transição.

Outra dica prática que ensino aos meus mentorados: construa uma rotina para atualizar-se aos finais de semana e dependa de plataformas gratuitas para aperfeiçoar sua jornada profissional. Ferramentas como o Canva até ajudam na criação visual de um currículo.

Nada de fórmulas mágicas – tudo é estratégia

  • Pesquise salários usando IA: entenda o mercado antes.
  • Pratique entrevistas em plataformas simuladas como o Job Interview Prep.
  • Invista em habilidades com impacto direto, como análise de dados ou no-code development.

E lembre-se: idade pode influenciar autoconfiança, mas no mercado de 2026 ela é cada vez mais irrelevante. O que conta é provar sua relevância prática e teórica.

Seja estratégico, e o resto acompanha. Essa é a medida de valor que importa.


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